'Está impossível fazer segurança pública no Rio de Janeiro', afirma Cláudio Castro

Declaração foi feita em evento no Palácio Guanabara nesta segunda-feira (16). "As polícias fazem o seu trabalho, mas a condição do Brasil é favorável ao criminoso hoje", reclamou o governador.


Por Natalia Furtado | CBN

O governador Cláudio Castro disse nesta segunda-feira (16) que está impossível fazer segurança pública no Rio de Janeiro. Em um evento no Palácio Guanabara, Castro comentou o caso do ex-secretário de turismo de Bariloche que foi baleado na cabeça ao entrar por engano de carro em um dos acesso do Morro do Escondidinho, em Santa Teresa. A Polícia Civil identificou quatro suspeitos de participação no ataque a Gaston Fernando Burlon, de 51 anos.

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Mas os pedidos de decretação de prisão não foram aceitos pelo Plantão Judiciário neste fim de semana. O juiz de plantão concordou com o Ministério Público por não apreciar, por considerar que não se tratava de um caso de urgência.

O governador Cláudio Castro disse que conversa todos os dias com o secretário de segurança pública, mas que a condição do Brasil é favorável ao criminoso.

'Nesse caso, então, se tornou claro, quando o juiz vai e solta o criminoso. Está impossível fazer segurança pública no Rio de Janeiro com a tempestade perfeita que a gente está fazendo. De entrada livre de armas e drogas, com ADPF, sem poder trabalhar, a polícia ter liberdade para trabalhar, e o prende e solta. Então, o estado faz o seu trabalho, as polícias fazem o seu trabalho, mas a condição do Brasil é favorável ao criminoso hoje. A gente está partindo para o Brasil do crime. Se as autoridades, sobretudo federais, não entenderem que em vez de PEC para colocar mais polícia federal aqui, a gente precisa de mudanças profundas na relação de entrada de armas e drogas, na relação com a questão da ADPF e do prende e solta, vocês vão continuar noticiando isso todo dia.'

O crime contra o ex-secretário de Bariloche aconteceu na última quinta-feira, no Rio Comprido, na região Central do Rio.

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo chegou aos nomes de Cláudio Augusto dos Santos; Tiago de Oliveira; Raphael Corrêa Pontes; e Sandro da Silva Vicente.

Sandro, segundo a Polícia, foi o autor dos disparos que atingiram o carro do turista. O suspeito foi reconhecido por duas testemunhas como o atirador.

Ele tem mais de 20 anotações criminais, sendo 13 delas ainda como menor. A última vez em que foi preso foi no ano passado, quando foi capturado em flagrante com uma arma. Em maio deste ano ele foi absolvido do caso.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Gaston Burlon continua internado em estado gravíssimo.


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