PF também faz busca e apreensão em endereços ligados aos assessores de Sóstenes Cavalcante
Por Rafaela Gama e Luísa Marzullo | Extra — Rio de Janeiro
A Polícia Federal (PF) faz na manhã desta quinta-feira uma operação de busca e apreensão em endereços ligados aos assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A ação mira um suposto esquema de uso de recursos de cota parlamentar para pagamentos irregulares, a partir de contratos falsos com locadoras de veículos.
Ação acontece em endereços ligados a funcionários dos parlamentares — Foto: Reprodução |
Na ação desta terça-feira, serão cumpridos seis mandados no Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. De acordo com informações da PF, a operação foi denominada "Rent a Car" em referência ao suposto esquema, no qual uma empresa de locação de veículos era usada para simular contratos de prestação de serviços. Ainda segundo os investigadores, agentes públicos e empresários teriam firmado um "acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares" a partir dessa prática. Segundo informações do g1, a operação teria sido autorizada pelo ministro do Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.
Sóstenes é ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica e ocupa a partir de 2025 o posto de líder da bancada do PL na Câmara, sigla com maior número de parlamentares na Casa. Carlos Jordy é deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi candidato a prefeito em Niterói nas eleições municipais deste ano.
Procurado pelo EXTRA, Jordy afirma que ainda dispõe de "pouquíssimas informações" sobre o caso, mas disse que "a medida se trata do aluguel do meu carro". Já o deputado Sóstenes Calvacante afirma que a busca e apreensão acontece no Tocantins na casa de seu motorista e da cunhada dele, que teria comprado a empresa investigada neste ano.
Sóstenes também afirma que aluga desta empresa desde o primeiro mandato, há "muitos anos em Brasília", e que ela seria a mesma usada por Jordy. O parlamentar também disse que "não tem nada a esconder" e que o episódio seria "mais um capítulo de perseguição contra parlamentares de direita".
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