Declarado eleito com 944 votos, Hygor Faraco foi o único candidato do Agir a conquistar uma cadeira de vereador em Teresópolis, município da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, nas eleições de 6 de outubro, mas pode estar correndo risco de perdê-la, por suposta fraude à cota de gênero, não causada por ele, mas atribuída ao seu partido.
Elizeu Pires
É que uma postulante da legenda teve apenas um voto, e esse não foi o dela, que é eleitora da seção 0322, onde os candidatos de seu partido tiveram 17 votos. O conferido a ela foi registrado na seção 038, detalhe que está servindo para alimentar a suspeita de fraude.
Tal fato está relatado em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ajuizada ontem (16) na 38ª Zona Eleitoral, que pode deixar o Agir sem seu único representante. Proposta pelo candidato a vereador Nelson da Costa Durão e pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), a ação é contra a candidata, o vereador eleito e o deputado estadual Julio Rocha, que, embora seja de Guapimirim, disputou a Prefeitura teresopolitana. Na ação os autores apontam que Hygor Faraco teria sido beneficiado pela suposta fraude na lista de seu partido.
Apenas um voto
“Resta claro que isso já é um sinal de que há alguma anormalidade nessa campanha, pois estamos tratando de uma cidade de mais de 130 mil) eleitores. E o mais curioso é que esse voto não é da candidata. Dos 17 votos para candidatos do partido Agir na seção em que a requerida (a candidata) vota, nenhum foi destinado a ela, ou seja, nem a investigada votou em si mesma. Quando nem o próprio candidato vota nele mesmo e ainda obtém uma única votação, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral devem ficar de olhos bem abertos, pois é uma clara sinalização de fraude”, diz um trecho da representação.
Nomeação em Guapimirim
Na ação é citado ainda que o candidato a prefeito pelo Agir contratou empresa Branco Comércio e Serviços Graficos, que consta como sediada na Rua Dona Isabel, 130, no bairro de Bonsucesso, para produzir material de campanha, mas uma realizada por um dos autores da ação “constatou-se que no local não funciona nenhuma gráfica”.
Na prestação de contas no sistema da Justiça Eleitoral, aparecem gastos R$ 263.371,00 com a Branco Comércio, o que representaria 38% do montante arrecadado pela campanha de Júlio.
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