O ministro FlĂĄvio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensĂŁo imediata de repasses de verbas pĂșblicas por meio de emendas parlamentares a organizaçÔes nĂŁo-governamentais (ONGs) que, segundo um relatĂłrio da Controladoria-Geral da UniĂŁo (CGU), nĂŁo deram a transparĂȘncia adequada no recebimento desses recursos.
Por Ricardo Brito | Reuters
BRASĂLIA - Segundo o relatĂłrio de uma auditoria da CGU, metade das 26 entidades nĂŁo deu informaçÔes de transparĂȘncia adequada ou nĂŁo divulgou informaçÔes.
Ministro do STF FlĂĄvio Dino 13/12/2023 © Thomson Reuters |
"Em face dos resultados apresentados, determino: I) a suspensĂŁo imediata dos repasses Ă s entidades que nĂŁo fornecem transparĂȘncia adequada ou nĂŁo divulgam as informaçÔes requeridas, nos termos do RelatĂłrio da CGU, com a inscrição das referidas entidades no Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM) e no Cadastro Nacional de Empresas InidĂŽneas e Suspensas (CEIS) pelos ĂłrgĂŁos competentes do Poder Executivo", decidiu o magistrado.
Dino mandou a Advocacia-Geral da União informar os ministérios sobre o impedimento de novos repasses e que se cumpra a determinação em um prazo de cinco dias.
O ministro do STF deu prazo de 60 dias para que a CGU faça auditoria especĂfica nas 13 entidades que nĂŁo forneceram dados transparentes sobre os repasses. TambĂ©m deu 10 dias para que essas ONGs apresentem dados completos e transparentes das emendas nos seus endereços eletrĂŽnicos.
A decisĂŁo, tomada por Dino durante o recesso do JudiciĂĄrio, Ă© mais um capĂtulo em que o magistrado questiona o uso de emendas parlamentares e a falta de transparĂȘncia no repasse desses recursos.
Na virada do ano, o ministro do STF decidiu bloquear o empenho -- compromisso de pagamento -- de emendas de comissĂŁo tanto da CĂąmara quanto do Senado apĂłs justificar que ritos nĂŁo teriam sido cumpridos.
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